Você sabia que as mulheres são a maioria entre leitores no mundo? Porém, esse número é bem diferente em relação aos escritores. Infelizmente a visibilidade de autoras é pequena, mas nos últimos anos elas vêm finalmente conquistando mais espaço!
Geralmente, a trajetória na carreira literária não é fácil para os autores, sendo preciso muita dedicação para obter sucesso. Entretanto, sabemos que há uma grande desigualdade de gênero no mercado de trabalho, e isso não seria diferente no mundo da literatura.
O interessante é que há muitas escritoras contemporâneas que abraçam a causa do empoderamento feminino, criando obras que questionam as diferenças sociais entre homens e mulheres no mundo.
E, para fortalecer essa representatividade (e a nós mesmas), selecionamos 10 autoras atuais que você precisa ler!
Insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo
De origem humilde, tendo que trabalhar como empregada doméstica para completar seus estudos. Conceição Evaristo se tornou uma importante intelectual brasileira, e suas publicações ganharam diversos prêmios literários!
Uma das suas obras mais famosas, Insubmissas lágrimas de mulheres, denuncia as desigualdades de gênero da nossa sociedade, mas também valoriza a cultura afro-brasileira.
Os homens explicam tudo para mim, de Rebecca Solnit
Há boatos que Rebecca Solnit, escritora e ativista feminista, criou o famoso termo mansplaining. Esse termo é usado quando um homem explica algo óbvio para uma mulher, desmerecendo o conhecimento dela.
Sendo ela ou não, o importante é que Solnit publicou Os homens explicam tudo para mim! Livro baseado em fatos que mulheres enfrentam atualmente, abordando vários temas do feminismo atual.
Mulheres e poder: um manifesto, de Mary Beard
Mary Beard é historiadora e professora na Universidade de Cambridge! Publicou grandes obras que traçam as relações de gênero desde à antiguidade até a era atual, com base nas suas pesquisas de anos sobre o Império Romano.
O seu best-seller Mulheres e poder: um manifesto, expõe sobre a participação das mulheres no poder público entre épocas, questionando a desigualdade gênero neste meio, vale a pena ler!
As boas mulheres da China, de Xinran
Professora de Estudos Orientais em Londres, Xinran tem como base a vida no contexto oriental contemporâneo em suas publicações. Os seus livros são ótimos para mergulhar na cultura chinesa!
Na sua obra mais conhecida, As boas mulheres da China, a escritora reuniu diversos relatos sobre as condições sociais machistas em que as mulheres são submetidas na China.
Um útero é do tamanho de um punho, de Angélica Freitas
Angélica Freitas se formou em jornalismo e trabalhou por muito tempo no ramo, porém, abandonou a área para dedicar exclusivamente à poesia!
A poeta brasileira tem grande influência do ativismo na sua escrita. O seu último livro lançado, Um útero é do tamanho de um punho, tem como base para os poemas a deturpação da imagem do feminino na sociedade e as consequências que as mulheres sofrem através disso.
Quem tem medo do feminismo negro?, de Djamila Ribeiro
Filósofa, Djamila Ribeiro se tornou uma das maiores autoras brasileiras. Grande ativista do movimento negro e feminista, a escritora tem forte influência das obras de Simone de Beauvoir, que foi a base dos seus estudos políticos.
Quem tem medo do feminismo negro? é ideal para quem quer entender melhor a origem do feminismo negro no Brasil e no mundo, como também as perspectivas de grandes pensadoras negras em relação ao movimento feminista!
O ódio que você semeia, de Angie Thomas
A obra que foi adaptada para o cinema, O ódio que você semeia, conta a história de Starr Carter, depois de presenciar o assassinato do seu melhor amigo por um policial.
Angie Thomas baseou sua ficção através do contexto social em que cresceu, portanto, a jovem autora consegue aborda o tema racismo de uma forma desenvolta para o público juvenil!
Desobediência, de Naomi Alderman
Com uma escrita muito instigante, as obras da autora geram controvérsias pelo mundo afora! Nas suas ficções O Poder e Desobediência, Naomi Alderman insere situações provocativas em contextos sociais conservadores.
Para entender melhor, o livro Desobediência conta a história de um relacionamento lésbico dentro de uma comunidade judaica. Também adaptado para o cinema, o trama aborda a subversão religiosa por duas mulheres!
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O Deus das pequenas coisas, de Arundhati Roy
Também de um contexto não ocidental, a escritora Arundhati Roy escreveu suas obras inspirada nas questões sociais da sua realidade, a cultura indiana!
O seu livro O Deus das pequenas coisas, fez grande sucesso em diversos países. Questiona sobre o sistema de castas e, consequentemente, as relações de gênero na Índia.
No seu pescoço, de Chimamanda Ngozi Adichie
A autora nigeriana é considera uma das principais escritoras contemporâneas, tendo livros ilustres publicados! E uma das suas obras mais prestigiadas, No seu pescoço, reúnem contos poderosos que abordam temas como imigração, conflitos familiares e desigualdade racial e de classe na Nigéria.
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